Os policiais civis, policiais penais, policiais científicos, policiais e bombeiros militares estão entre os profissionais na linha de frente durante a pandemia. Mais um fator de risco para eles, que já enfrentam diariamente o perigo na missão de salvar, proteger e garantir a segurança pública da sociedade, seja nas ruas, nas penitenciárias, delegacias ou batalhões.
Infelizmente, diariamente os números da pandemia crescem no Brasil, apontando uma triste realidade: estamos à beira do caos. O sistema de saúde está em colapso, poucos brasileiros foram vacinados e muitas pessoas ainda vão perder a vida. E nas tristes estatísticas estão também os profissionais da área de segurança pública. Dezenas de policiais e bombeiros faleceram por complicações da Covid-19 e centenas foram contaminados.
Entre os policiais e bombeiros militares da ativa, somente em Curitiba e região metropolitana foram 829 contaminados, em dados registrados até o dia 25 de fevereiro, e sem somar os militares estaduais de outras regiões do Estado. Desde o início da pandemia, até o dia 05 de março, foram totalizados 726 casos de policiais penais contaminados e cinco deles acabaram não resistindo.
Entre os policiais científicos, foram 51 casos de contaminações e afastamentos, até o dia 04 de março. O número pode parecer pequeno, mas não é quando comparado ao quantitativo da Polícia Científica no Paraná, que possui 516 profissionais, entre peritos oficiais e auxiliares.
Somam-se ainda dezenas de casos de policiais civis, cerca de 20 delegados contaminados e ao menos duas mortes. Sem qualquer reconhecimento profissional, os policiais e bombeiros paranaenses também estão morrendo, mas mesmo diante do caos, não “abandonam o barco”. Todos os dias, deixam suas famílias na incerteza de como retornarão para as suas casas, mas seguem firmes na missão, pelo bem da sociedade.
É pedir muito ao governador do Paraná, Ratinho Junior, que ele reconheça todo esse esforço e dedicação? Quanto vale a vida dos nossos policiais e bombeiros?