Cerca de 50 peritos oficiais e auxiliares de perícia do Paraná participaram do curso Perícia em Local de Desastres em Massa – Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), realizado pela Polícia Científica nesta semana. A capacitação dos profissionais que atuam em local de morte teve foco na preparação e aperfeiçoamento do atendimento em desastres como quedas de aviões e rompimento de barragens, por exemplo.
Entre os colaboradores do curso, promovido entre os dias 3 e 6 de dezembro, estava a coordenadora de identificação de vítimas de desastres, a perita Patricia Doubas Cancelier. Diretora da Academia de Ciências Forenses da Polícia Científica, ela salientou que o Paraná é o único estado a ter uma comissão permanente de DVI que segue integralmente o protocolo da Interpol e afirmou que a prioridade do trabalho é fornecer um melhor atendimento à população.
Os servidores da perícia oficial paranaense também trocaram experiências com o coordenador de identificação de vítimas de desastres da Polícia Federal e representante do Brasil na Interpol, Alexandre Raphael Deitos. Ele, que é perito criminal federal, explicou a importância de capacitações como essa, já que desastres em massa exigem sempre uma pronta resposta devido às múltiplas vítimas fatais.
Tanto Cancelier, quanto Deitos atuaram em Brumadinho, cidade mineira vitimada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de minério em janeiro deste ano. O desastre matou mais de 250 pessoas. O Caso Brumadinho foi debatido entre os servidores nesta sexta-feira, último dia da capacitação.
SIMULADO NO AFONSO PENA: o curso contou com várias atividades, entre elas um simulado de uma queda de avião Fokker 27 para avaliação das práticas abordadas, realizado no Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. A aula de campo, que contou com o apoio da Infraero e da Polícia Civil, ocorreu no dia 5 de dezembro e foi dividida em duas partes: uma varredura e demarcação de vestígios para busca e recuperação de corpos e indícios de crime; e a identificação dos corpos.
*Com informações da Agência Estadual de Notícias.
Assessoria de Comunicação
Sinpoapar