Uma perita criminal do Paraná está entre as centenas de profissionais que atuam na força tarefa de Brumadinho, município mineiro onde ocorreu o rompimento de uma barragem de resíduos pertencente à mineradora Vale. A tragédia ocorreu no dia 25 de janeiro e deixou quase 400 desaparecidos. Patrícia Doubas Cancelier é coordenadora da Comissão de Identificação de Vítimas de Desastres em Massa da Polícia Científica e foi enviada para Minas Gerais para auxiliar na identificação de vítimas a pedido da Polícia Federal.
A comissão da qual Patrícia Cancelier faz parte existe há seis anos. Segundo ela, desde 2013, os peritos desenvolvem protocolos junto à Polícia Federal e contribuem para “escrever um Manual de Perícias em Situações de Desastres em Massa” que agora está sendo aplicado na região do desastre. De acordo com ela, o procedimento para identificação dos corpos é realizado primeiramente por papiloscopia. Caso o corpo não seja identificado, são elaborados exames a partir da arcada dentária da vítima e, em último caso, é solicitado um exame de DNA.
“É uma experiência única. Além do aprendizado, é uma oportunidade de ver como o trabalho desenvolvido há mais de cinco anos sendo efetivamente aplicado”, afirmou. A perita disse esperar que a sua colaboração na força tarefa possa minimizar o sofrimento das famílias que aguardam o resgate e a identificação dos desaparecidos. Patrícia Cancelier ainda se comprometeu em conversar com a assessoria do Sindicato dos Peritos Oficiais e Auxiliares do Paraná (Sinpoapar), assim que retornar a Curitiba, para relatar como foi a experiência em Brumadinho.
Além da perita criminal, três bombeiros pertencentes ao Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost) também estão em Brumadinho para, conforme o Governo do Paraná, trabalhar na preparação de atividades que podem ser executadas por forças paranaenses caso haja convocação da Defesa Civil de Minas Gerais.\r\n\r\n
Assessoria de Comunicação – Sinpoapar