O Fórum das Entidades Sindicais (FES) realizou na última terça-feira, 18 de janeiro, sua primeira reunião de planejamento do ano, na sede da APP-Sindicato. Diante um cenário adverso, com os governos praticando uma política de sucateamento do serviço público, ataque aos sindicatos e desvalorização do trabalho das servidoras e servidores, o FES estabeleceu prioridades relacionadas à pressão política para retomada dos direitos perdidos nos últimos anos.
O principal ponto da pauta de atuação do FES será a luta para que o governo do Estado do Paraná discuta o passivo de reposição da inflação que se arrasta desde o ano de 2017, ainda na gestão do ex-governador Beto Richa. Mesmo prometendo em campanha que iria honrar a lei da data base, Ratinho Júnior não apenas descumpriu sua palavra como intensificou o processo de arrocho salarial.
Segundo a última atualização da assessoria econômica do FES, já descontados os 3% (três por cento) de reposição concedidos na folha de pagamento de janeiro, o Estado ainda deve ao funcionalismo público quase 34% de reajuste inflacionário. Veja:
Além disso, está na pauta de reivindicações do FES o respeito ao plano de carreiras com pagamento automático de promoções e progressões, melhores condições nos ambientes de trabalho, realização imediata de concursos e valorização das servidoras e servidores.
Dentre as tarefas delegadas aos grupos de organização do FES estão:
- o esclarecimento à população sobre a manipulação dos números da economia do Estado apresentados pelo governo;
- construção de mobilizações, paralisações e eventual greve unificada de todas as categorias do serviço público;
- pressão por meio de manifestações presenciais e nas mídias sociais aos deputados estaduais e governador;
- conscientização da população sobre as eleições nacionais e estaduais de 2022;
- construção de um calendário de lutas com movimentos sociais;
- luta contra a extrema-direita e suas políticas de destruição do Estado;
- organização da base sindical contra propostas de reforma à Constituição que retiram direitos dos trabalhadores;
- unificar forças com representações dos trabalhadores federais e municipais;
- investimento em comunicação para fazer frente à blindagem da mídia corporativa ao governo do Paraná.