No dia 24 de outubro, a Polícia Científica do Paraná completou 22 anos como órgão central de perícia oficial do Estado do Paraná, consolidando sua atuação estratégica como elo integrador do Sistema Único de Segurança Pública e o Sistema de Justiça. As palavras Verdade, Ciência e Justiça gravadas no brasão oficial da instituição ressaltam os pilares institucionais que buscam a proteção do cidadão e busca incessante da Polícia Científica por iluminar os caminhos daqueles que buscam a verdade e a justiça pela ciência.
De acordo com o Diretor-geral da Polícia Científica, Luiz Rodrigo Grochocki, a Polícia Científica do Paraná é uma instituição que honra o legado deixado pelas gerações que nos antecederam e que busca constantemente se aprimorar para atender às demandas da sociedade paranaense com eficiência e qualidade. A Polícia Científica do Paraná é a ciência a serviço da verdade.
O perito oficial criminal e Diretor de Operações, Ciro Pimenta destaca a importância da PCP dentro do cenário da Segurança Pública. “É uma enorme satisfação observar esses 22 anos da PCP, a instituição evoluiu muito, tivemos um importante investimento em equipamentos, infraestrutura, pessoal, viaturas, isso trouxe uma melhoria nos serviços prestados à população paranaense e às demais forças de segurança, contribuindo para uma maior efetividade do trabalho da polícia e de todo o sistema de justiça”.
A perita oficial criminal e Diretora Administrativa, Tatiane Prussak ressalta o trabalho das pessoas que integram a PCP. “Neste ano comemoramos 22 anos de Polícia Científica e me sinto imensamente grata e orgulhosa de fazer parte desta instituição. Desde que entrei, acompanho as inúmeras transformações que ocorreram e é importante observar que o crescimento institucional e a notoriedade que foi alcançada perante a sociedade só foi possível pelo trabalho de todas as pessoas que fizeram e fazem parte desta instituição”.
LEGISLAÇÃO: desde 2022 grandes mudanças ocorreram no que tange a legislação que rege a instituição. Demandas antigas dos servidores foram efetivadas a partir de regulamentações que ocorreram nos últimos anos, como a lei 21.117/2022 que teve como objetivo modernizar e tornar mais eficientes as estruturas administrativas da Polícia Científica, especialmente pela incorporação das atribuições do Instituto Médico-Legal e do Instituto de Criminalística, ora extintos, bem como pela racionalização das unidades internas decorrentes desta reorganização.
Em 2023 foi sancionada a lei complementar 258/2023 que rege o QPPO. A nova legislação coloca a PCP em destaque no cenário nacional na valorização profissional e traz a segurança jurídica de uma Lei Complementar que regulamenta o artigo 50 da Constituição Estadual. Mais recentemente, em setembro de 2023, foi sancionado o Código de Ética e Conduta da Polícia Científica do Paraná, lei estadual 21.640/2023, que garante que a ética na atuação da perícia oficial de natureza criminal seja lastreada em normas atuais e modernas, garantido que sejam evitados desvios na conduta de nossos servidores e que, caso irregularidades sejam detectadas, a apuração seja realizada de maneira justa e eficaz.
MUSEU: o Museu Paranaense de Ciências Forenses (MPCF) faz a ligação entre a instituição e o público que tem interesse pelo trabalho realizado na PCP. Fundado em 1910 como Museu do Crime, com o intuito de armazenar objetos relacionados a delitos, passou a ser chamado de Museu Paranaense de Ciências Forenses em 2022. O espaço é dedicado à conservação da história da Polícia Científica do Paraná e à divulgação das ciências forenses, e possui em seu acervo instrumentos e equipamentos utilizados desde o início das atividades periciais no Estado do Paraná, além de livros, documentos, arquivos fotográficos e centenas de ossos e outras peças anatômicas.
ACADEMIA: criada em 2019, a Academia de Ciências Forenses (ACF) tem como principal atividade a capacitação, atualização e reciclagem dos peritos oficiais e técnicos de perícia. Os profissionais têm a oportunidade de simular situações de crime e praticar as técnicas de coleta, análise e interpretação de vestígios. Essa prática direta permite que eles ganhem confiança em suas habilidades, aprendam a lidar com pressões e desafios do trabalho forense e desenvolvam a capacidade de tomar decisões com base em evidências.
ORGULHO: para o perito oficial criminal e chefe da UETC de Foz do Iguaçu, Raul Lessa, trabalhar na Polícia Científica do Paraná, é motivo de muito orgulho. “A perícia criminal, através da ciência, busca sempre a verdade real dos fatos, auxiliando de modo fundamental o sistema de justiça criminal do país. Fazer parte da Instituição, neste aniversário de 22 anos, significa poder contribuir com a efetivação da justiça, de modo versátil e interdisciplinar, sendo a razão das ciências forenses no processo penal, passando à sociedade a credibilidade de um processo penal transparente, sólido e, principalmente, justo.”
Quem também vivencia o mesmo sentimento de Raul, é a técnica de perícia oficial e chefe do Necrotério da UETC Tarumã, Camilla Gazolla: “O trabalho da PCP em casos tão delicados dá um retorno de extrema significância para a sociedade. E é justamente isso que nos dá tanto orgulho a pertencer a essa instituição”. O perito oficial criminal e chefe da Seção de Identificação Veicular, Josué Tadeu Borba ressalta as mudanças que ocorreram. “Quando eu entrei há 14 anos, não tínhamos a dimensão da importância do nosso trabalho, hoje conseguimos ver o quanto ele impacta na sociedade”.
Para Luciano Bucharles, perito oficial criminal e chefe da UETC Londrina, participar da evolução da PCP é motivo de grande alegria. “É uma felicidade fazer parte desta instituição, que vem ganhando cada vez mais relevância no meio jurídico, especialmente nos últimos anos. Participamos ativamente do processo da desvinculação da Polícia Civil e construção da Polícia Científica e é um grande orgulho. Fico muito feliz de acompanhar a evolução da nossa querida PCP e de participar de todo esse processo”.