10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, uma pandemia silenciosa que atinge cerca de 12 mil brasileiros a cada ano. Esse fenômeno, extremamente sensível aos olhos da sociedade, ainda é considerado um tabu apesar de afetar pessoas de diferentes, origens, classes sociais, idades, orientações sexuais, identidades de gênero. O suicídio não escolhe carreiras, também atinge aqueles que atuam na segurança pública e por isso precisamos falar sobre isso.
Realizada no Brasil desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Setembro Amarelo® tem foco na prevenção ao suicídio. Dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que, entre 2007 e 2016, foram registrados 106.374 óbitos por suicídio; sendo que, em 2016, foram 11.433 mortes por essa causa. Atualmente, a estimativa é que cerca de 12 mil brasileiros tiram a própria vida, todos os anos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) levantou que, no mundo, são registradas cerca de 1 milhão de mortes por suicídio por ano. A cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida em alguma parte do planeta; e apenas a cada 3 segundos alguém atenta contra a própria vida.
A ideia da campanha Setembro Amarelo® é conscientizar a população sobre a importância da identificação e tratamento correto de doenças mentais, que são diretamente associadas às tentativas de óbitos – 96,8% dos suicídios estão ligados a transtornos mentais, como depressão e transtorno bipolar, segundo a ABP e o CFM.
SINAIS DE ALERTA: o Ministério da Saúde lista os principais sinais de alerta para detectar alguém que está enfrentando uma crise suicida; e que não devem ser considerados de forma isolada. São eles: aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos 2 semanas; preocupação com sua própria morte ou falta de esperança; expressão de ideias ou de intenções suicidas; e isolamento.
OUTROS FATORES: também devem ser considerados fatores que podem influenciar uma tentativa de suicídio o desemprego, crises políticas ou econômicas, discriminação, agressão psicológica ou física, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas ou incapacitantes.
DISQUE 188: desde 2018, o 188, número do Centro de Valorização da Vida (CVV), está disponível para ligações em todo o país, inclusive no Paraná. O telefone atende 24 horas por dia e sem custo. A entidade foi fundada em 1962, em São Paulo, e presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio para qualquer pessoa que precisa de ajuda.
Além da linha 188 – que atendeu 2 milhões de ligações somente em 2017 – o CVV também atende pessoalmente, pelo site, por chat ou por e-mail. No Paraná, a entidade tem postos de atendimento em cinco cidades: Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina e Maringá. Para mais informações, acesse cvv.org.br.
Se você precisa de ajuda ou sabe de alguém que precisa, também é possível procurar os centros de atendimento psicossocial (CAPS), as unidades básicas de saúde, as unidades de pronto atendimento 24 horas (UPAs), o SAMU – através do disque 192 – ou o pronto socorro mais próximo da sua casa.
Com informações do: Ministério da Saúde, Centro de Valorização da Vida e da campanha setembroamarelo.com.
Assessoria de Comunicação
Sinpoapar